
Quando abro a porta, a vejo sentada no sofá do outro lado da sala. Encarando a janela aberta. Vendo, talvez, o céu que se abre lá fora. Estou dentro do cômodo e de repente ela me olha. Se levanta, assustada. Caminho até lá e ela não se mexe. Talvez não acredite que eu esteja ali, naquele momento. Isso por causa de acontecimentos do passado. Brigas que se sucederam e nos abalaram. -Estive te olhando, estive te querendo, estive te amando. Todo este tempo sem você me deu forças para vir aqui.
Sem ação ela me olhava incrédula, afinal, fui eu quem acabou com tudo. Tive tantas oportunidades de melhorar, tive tantas chances de reconhecer meus erros, mas não me importei com nada. Me perguntei se esses passos teriam demorado tanto pelos pensamentos que me ocorreram ou se foram pela ânsia de chegar logo ao meu destino que estava há poucos centímetros de mim.
Cheguei até ela e parei. Olhei em seus lindos olhos verdes, agora transbordando finas lágrimas. Não pensei em mais nada do passado. Tentava reunir palavras de arrpendimento, mas não formava uma frase sequer. Ora, uma palavra somente bastaria, mas essa palavra não saía. Meus lábios pareciam hipnotizados pelos dela. Abaixei minha cabeça, desviei o meu olhar do dela. Não podia estar ali. Talvez ela não me quisesse mais.
Ergui-me outra vez e ia me virar quando um ímpeto me fez agarrar a garota que estava em minha frente. Um beijo tão ardente nos envolveu que nossos corpos queimavam juntos. Seus lábios podiam ser descritos por mim, somente por aquele beijo. Podia ler o que ela estava pensando. Podia sentí-la em meus braços novamente.
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